Rondonópolis era sede de Pirâmide Financeira, que lesou centenas de pessoas pelo Brasil
O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado de Mato Grosso (Gaeco-MT) realiza nesta terça-feira (10/08) a operação “Easy Money”, que investiga uma quadrilha que aplicava golpes em esquema de pirâmide financeira no Brasil e aqui no estado.
Devem ser cumpridas 17 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão preventiva, busca e apreensão domiciliar e sequestro de bens em Mato Grosso, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Alagoas.
Na cidade mato-grossense estão sendo cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão.
A iniciativa tem alvo uma organização criminosa investigada em suposto esquema fraudulento conhecido como “Pirâmide Financeira”, operado sob o disfarce de marketing multinível, relacionado à prestação de serviços de aplicação no mercado financeiro.
De acordo com as investigações, as ações do esquema eram realizadas por meio de uma empresa com sede em Rondonópolis (MT), mas a sede principal da ¨Empresa¨é no Estado do Rio Grande do Sul, onde em maio deste ano já havia sido fechado pela polícia.
O golpe rendeu ao grupo um lucro de milhões e prejuízo de inúmeras pessoas enganadas em diversos locais do país. Indícios apontam para a prática de crimes de lavagem de dinheiro e contra a economia popular.
king Investimentos já havia sido fechada pela PF
E m uma série de áudios que estão circulando no WhatsApp, Mateus Ceccatto, um dos supostos líderes da King Investimentos, mostra-se extremamente irritado com o incidente, diz não saber quem são os autores da invasão e, exaltado, alega que “acabou”, em referência às supostas tentativas de ressarcir as pessoas que aplicaram na King, e que não irá mais se preocupar em procurar uma solução rápida para resolver os problemas e devolver o dinheiro dos investidores.
A King é acusada de operar um esquema de pirâmide financeira e pode ter lesado até 20 mil pessoas. A suposta responsável pelas aplicações da King é “Bentley Investimentos LLC”, que tem o mesmo telefone que King inclusive. A Bentley não tem registro na CVM, possui um outro CNPJ e teria como responsável Agnaldo Bergamin, chamado na época de sócio por Ceccatto. Recentemente, o Procurador da República Celso Tres declarou que a King ainda não estava sendo investigada pelo Ministério Publico Federal, mas alertou investidores de que era melhor ficarem atentos a “promessas de ganho certo num mercado de risco”.
Mesmo após o fechamento pela polícia os supostos líderes continuavam operando no mercado, captando novos clientes agora com o nome de livecoins, até o fechamento da matéria não conseguimos contato com os responsáveis pelo esquema aqui na cidade de Rondonópolis para uma explicação.