UFMT considera que problemas com concurso não comprometem validade do certame
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se manifestou nesta quarta-feira (23) sobre a realização do concurso da Segurança Pública de Mato Grosso, segundo ela, apenas problemas pontuais foram identificados e que não comprometem a segurança do certame. A instituição foi contratada pelo governo do estado para organizar e aplicar as provas.
No entanto, desde a última segunda-feira (21/02) uma série de irregularidade vem sendo apresentas pelos “concurseiros”.
Vídeos e fotos com as irregularidades foram compartilhadas por inscritos no concurso. O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) recebeu mais 30 denúncias de irregularidades durante a aplicação do exame.
Candidatos também recorreram contra erro de questões e aplicação das provas no site da universidade disponibilizados aos candidatos.
Segundo a UFMT, a prova foi aplicada em sete municípios de Mato Grosso e um do estado de Goiás, para mais de 66 mil inscritos. A universidade afirma que foram identificados problemas pontuais na aplicação, mas sem qualquer comprometimento à segurança ou validade do processo avaliativo.
A UFMT afirmou que contou com a inteligência da Polícia Civil para manter a ordem e combater tentativas de fraude e pessoas que tentaram burlar o exame, como o caso de Cáceres.
No município, um professor de cursinho teria sido contratado por R$ 50 mil para fazer a prova no lugar de um aluno.
Veja na íntegra a nota da UFMT sobre o concurso da Segurança Pública:
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio da Gerência de Exames e Concursos (GEC), realizou a aplicação das provas objetiva e dissertativa do Concurso Público de Provas e Títulos da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (SESP-MT) no último domingo, dia 20 de fevereiro.
As provas da fase escrita do certame foram aplicadas em sete municípios mato-grossenses e um goiano, nos períodos matutino e vespertino, para mais de 66 mil candidatos inscritos visando ao preenchimento de vagas de sete carreiras das Forças de Segurança do estado.
Foram identificados problemas pontuais na aplicação, mas sem qualquer comprometimento à segurança ou validade do processo avaliativo.
A GEC e a SESP/MT atuaram de forma conjunta para o êxito na aplicação do certame. Considerando a magnitude do concurso, a Polícia Militar e a divisão de inteligência da Polícia Judiciária Civil foram fundamentais para a manutenção da ordem e para coibir tentativas de fraude ou de burlar o certame, tal como a reportada na cidade de Cáceres.
Assim, houve de fato ocorrências pontuais, mas sem intercorrências durante a aplicação das provas que fugissem do habitual em concursos públicos de grande relevo. A organizadora do certame assegurou os princípios fundamentais de lisura para a realização do Concurso Público, em especial, o tratamento isonômico aos candidatos.
Cumpre enfatizar que o concurso público, para todos os candidatos, se inicia na leitura atenta do Edital e compreensão das regras que são ali estabelecidas, devendo os participantes atentar às datas de cada evento do cronograma, aos requisitos para ingresso nas carreiras que almejam e ao conteúdo programático das provas.
A GEC reafirma o seu compromisso na prestação de serviço público de excelência, contando com corpo técnico altamente especializado, executando os certames com o mais elevado grau de seriedade e compromisso com a ética, com a transparência, com a publicidade de todos os seus atos e o cumprimento das normativas atinentes à legalidade e à moralidade pública.
Irregularidades no concurso
O Ministério Público Estadual (MPE) informou que recebeu por meio da ouvidoria cerca de 30 denúncias de irregularidades durante a aplicação da prova do concurso da Segurança Pública.
Entre os supostos erros apontados, segundo o MP, estão a ausência de detectores de metal, celular vibrando em sala de aula e pessoas tirando fotos no local da prova.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) informou que não recebeu qualquer denúncia formalizada e as denúncias de fraude no dia da realização do concurso foram amplamente investigadas pelo núcleo de inteligência da Polícia Civil, com resposta rápida, resultando na prisão ocorrida em Cáceres, no domingo.
A Sesp esclareceu ainda que embora seja responsável pela realização do concurso, contratou a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para a execução do mesmo, incluindo a realização da prova. Sendo assim, os questionamentos devem ser feitos a mesma.
O MP informou que as denúncias serão encaminhadas para análise do Núcleo de Promotorias da Cidadania.