Um PM e mais cinco pessoas, teriam sido mortos por policiais alvos de operação 

Um confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) que deixou seis pessoas mortas, em 2020, em Cuiabá, pode ter sido simulado, segundo investigação da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual (MPE), que resultou na ‘Operação Simulacrum’, realizada nesta quinta-feira (31/03).

Na operação, são cumpridos 81 mandados de prisão temporária contra 63 policiais militares e uma outra pessoa, cuja identidade ainda não foi revelada. Eles são investigados por 24 homicídios e por simularem confrontos.

Segundo a investigação, o grupo planejava as execuções, além de uma tentativa de homicídio em que as quatro vítimas sobreviveram.

Nesse suposto confronto ocorrido em julho de 2020, o policial militar Oacy Taques e o filho de um sargneto da PM foram mortos junto com outras quatro pessoas. Eles estavam em dois carros e foram abordados pela equipe do Bope em uma estrada vazia no Bairro Jardim Itamaraty.

De acordo com a investigação, há provas que contrapõe a tese de ‘confronto’ apresentada pelos investigados. A intenção do grupo era promover o nome dos policiais envolvidos e dos respectivos batalhões.

Em defesa dos policiais presos na operação, a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Oficiais Administrativo e Especialista da Polícia Militar e Bombeiros Militar Ativos e Inativos (Assoade) afirmou que ainda não teve acesso à investigação e que os militares estavam em serviço. A associação também considerou as prisões como “prematuras”.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, defendeu os policiais militares que foram alvos da ‘Operação Simulacrum’. “Foi questão de abordagem de criminosos que, infelizmente [os policiais] tiveram que usar a força letal para contrapor essa agressão injusta. Então, a gente ficou um pouco surpreso com essas prisões”, disse.

O MPE e a Polícia Civil informaram que as ações realizadas foram praticadas por alguns membros da corporação policial que agem à margem e à revelia da lei. “Enfatizam, no entanto, o relevante trabalho que a Polícia Militar realiza para a sociedade no combate à criminalidade e na proteção do cidadão”, diz trecho da nota dos órgãos.https://48cc100158a3795573a8cc6a1962bfd6.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Além do Bope, os alvos da operação trabalhavam na Rotam e Força Tática do Comando Regional.

Com G1 de Mato Grosso