Vereador que morreu em confronto com a polícia estava no segundo mandato

O vereador Jeozafa Moraes de Castro (PSDB), que morreu em confronto com a polícia nesta quinta-feira (02/03), em Rio Branco, a 367 km de Cuiabá, durante uma operação policial, era suspeito de facilitar acesso a armas para uma organização criminosa que cometeu crimes na cidade.

Castro estava em seu segundo mandato como vereador e era o presidente da Câmara na legislatura atual. Ele assumiu como vereador pela primeira vez em 2016, sendo reeleito na eleição seguinte, com 160 votos. Segundo o partido dele, apresentava um perfil discreto e bom desempenho parlamentar.

O site tentou contato com a Câmara Municipal de Rio Branco, que também foi alvo da operação realizada pela Polícia Civil, mas até o momento sem sucesso.

Neste mandato, ele teve 14 indicações de propostas legislativas na Casa, como pedido de aquisição de ambulâncias ao município, criação de comitê de combate à Covid-19 e criação de lombadas para reduzir acidentes, segundo registro no site da Câmara.

Nesta quinta-feira (2), Castro foi alvo de uma operação policial que investiga crimes relacionados ao tráfico de drogas, associação criminosa, tortura e homicídio. Segundo a polícia, ele é suspeito de integrar a quadrilha responsável pelas infrações e facilitar o acesso de armas de fogo aos integrantes.

Segundo a polícia, o parlamentar reagiu à abordagem e foi morto ao trocar tiros com o delegado Marcelo Menezes. O agente foi atingido com pelo menos três disparos, sendo dois no colete e um abaixo, perfurando o abdômen, segundo a Polícia Civil. O delegado passou por uma cirurgia e o quadro de saúde é estável, de acordo com a corporação.

Já o parlamentar morreu no local. A arma usada no crime foi apreendida e está sendo analisada, segundo a polícia.

O PSDB de Mato Grosso, por meio do presidente, o deputado estadual Carlos Avallone, lamentou o ocorrido.

A operação

A Operação “Rota Cercada” foi deflagrada nesta quinta-feira (2) e cumrpriu 40 mandados — 12 ordens de prisão temporária e 28 de busca e apreensão em quatro cidades de Rio Branco, Lambari D’Oeste e Salto do Céu, que fazem parte da “rota das águas”, na região de fronteira, e em Barra do Bugres.