Armazéns suspeitos de sonegar R$ 1,4 bilhão em impostos são fiscalizados pela sefaz
A Superintendência de Fiscalização da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) confirmou, nesta segunda-feira (14/11), que está em andamento um desdobramento da ação de fiscalização em ao menos 30 armazéns gerais com objetivo de investigar irregularidades e o envolvimento dos proprietários em esquemas de sonegação fiscal.
Essa ação é um braço da “Operação Fraudadores”, que investiga cerca de 60 produtores rurais em nove municípios supostamente envolvidos em uma organização criminosa de sonegação de impostos ao estado. A Sefaz identificou uma movimentação de notas falsas no valor de R$ 1,4 bilhão por parte desse grupo de produtores.
De acordo com a Sefaz, a equipe de fiscalização está realizando verificações in loco desde a semana passada. Todas as informações estão sendo apuradas em conjunto pelos órgãos e deverão subsidiar o levantamento das irregularidades.
O esquema, segundo a polícia, pode envolver produtores rurais, contadores, operadores de empresas laranjas e empresários, que há anos fraudam o fisco mato-grossense.
De acordo com a polícia, a investigação, na primeira fase, foi feita após o compartilhamento de dados da Sefaz com os agentes policiais.
“Essa é uma continuidade da operação, agora usando outra técnica de auditoria que é a verificação presencial e material das operações. Com isso, podemos identificar concretamente os reais beneficiários do esquema investigado e fazer o lançamento do crédito tributário correto e fidedigno com a infração cometida pelos contribuintes envolvidos”, explica o secretário Adjunto da Receita Pública, Vinícius Simioni.
Para o delegado titular da Defaz, Walter de Melo Fonseca Junior, este modelo de operação, em que ocorre ao mesmo tempo em que a ação fiscal, investigação policial e recuperação de ativos, é resultado da integração dos órgãos que atuam no Comitê de Recuperação de Ativos de Mato Grosso (CIRA).
Segundo ele, a atuação reforça o combate às fraudes fiscais e organizações criminosas que operam por meio de empresas de fachada, bem como a responsabilização dos sonegadores, uma vez que todas as irregularidades fiscais apuradas administrativamente são objeto também de investigações policiais e ações penais.
Com G1 de Mato Grosso