Autora de fake news sobre caixões vazios pode pegar 9 anos de prisão
A Polícia Civil informou, nesta terça-feira (5), que a autora do vídeo falso sobre caixões de supostas vítimas de covid-19 encontrados com pedras, em Belo Horizonte, poderá responder por três crimes e ser condenada a até nove anos de prisão.
O serviço de inteligência da corporação trabalha para encontrar a responsável pela gravação viralizada em redes sociais na última semana.
A autora do vídeo, segundo o delegado, pode responder pelos crimes de denunciação caluniosa, difamação contra o prefeito de Belo Horizonte e pela contravenção penal de propagação de pânico. Somadas, as penas podem chegar a 9 anos de prisão e multa, a ser estabelecida pela Justiça.
O delegado Wagner Sales, coordenador da investigação, explica que, embora a gravação possa ter sido feita em outro Estado, os policiais precisam seguir os sinais já detectados. Na filmagem, a suspeita deixa entender que fala de Minas Gerais.
— A investigação sempre parte do princípio do mais fácil para o mais complexo. Nós vamos considerar que este sotaque seja verdadeiro e, em um segundo momento, caso não seja evidenciado, a gente passa para a possibilidade dele ter sido forjado.
A Polícia Civil faz um apelo para que a responsável pela gravação se apresente em qualquer delegacia para prestar esclarecimentos. Caso isto não aconteça, o delegado pode pedir a prisão preventiva da mulher ao final da investigação, mesmo sem a identificação da suspeita.
— O que a gente precisa e busca nesta investigação é saber os motivos, o porquê desse tipo de conduta no momento em que a sociedade passa por tanta dificuldade. As pessoas sofrem com as consequências econômicas e sanitárias do coronavírus e uma pessoa, de forma irresponsável e criminosa, vem nas redes sociais produzir, publicar e propagar esse tipo de vídeo.
Para que a responsável pela gravação responda por difamação, o prefeito de Belo Horizonte, que é citado no vídeo, precisa fazer a denúncia contra ela. A reportagem procurou a equipe de Alexandre Kalil para comentar a situação, mas ainda não teve retorno.
Com R7 de Minas Gerais