Duas mulheres presas em Brasília são funcionárias públicas no estado de MT

Duas funcionárias públicas que atuam em Mato Grosso estão entre os presos por suspeita de participação de atos golpistas em Brasília: Maria de Fátima Almeida Barros, servidora da Secretaria de Saúde de Nova Ubiratã, a 506 km de Cuiabá, e Ana Caroline Elgert, médica veterinária no Instituto de Defesa Agropecuária do Estado Mato Grosso (Indea-MT).

Segundo a polícia, as pessoas presas em Brasília são suspeitas de praticarem crimes de golpe de Estado, ato terrorista, associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, ameaça, perseguição, incitação ao crime e dano ao patrimônio público. O site tenta contato com a defesa das citadas.

Isso porque, em 8 de janeiro, um grupo de golpistas invadiu a Praça dos Três Poderes e atacou as sedes do Legislativo, Executivo e Judiciário nacional para derrubar o governo eleito.

A Prefeitura de Nova Ubiratã informou ao site que as faltas de Maria de Fátima no trabalho, até o momento, injustificadas estão sendo contabilizadas e que a partir da trigésima ausência, pode ser exonerada.

Já o Indea-MT informou que Ana Caroline estava de férias até o dia 10 de janeiro e, até a última atualização desta reportagem, também não apresentou justificativa para as faltas, apenas informou sobre o ocorrido. O órgão explicou que aguarda instruções da Controladoria Geral do Estado para saber quais providências devem ser adotadas.

Suplente de vereador

Maria de Fátima Almeida Barros, a Fatinha, em 2020, foi eleita vereadora suplente na cidade de Nova Ubiratã. Ela Recebeu 16 votos e se autodeclarou branca.

Um outro suplente de vereador do município também está preso no DF: João Batista Benevides da Rocha. Ele disputou a eleição municipal de 2020 em Cuiabá pelo partido que o presidente Jair Bolsonaro venceu a eleição presidencial de 2018. Benevides recebeu 48 votos e se declarou ao TSE como pardo.

site aguarda posicionamento do União Brasil (partido formado pela fusão do PSL com o DEM) e do MDB de Mato Grosso.

Prisões

Ao todo, 1.398 pessoas foram presas pelos ataques aos três poderes e no acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, segundo lista divulgada pela Seape, na sexta-feira (13).

Segundo a pasta, até sexta, 904 homens tinham sido levados ao Centro de Detenção Provisória 2, no Complexo da Papuda, e 494 mulheres foram encaminhadas à Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia.

Desse total, 1.248 bolsonaristas já foram ouvidos em audiência de custódia, atendendo uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Até esta terça-feira (17), ninguém havia sido liberado.

Com G1 de Mato Grosso