Hoje inicia a greve dos caminhoneiros, mas paralisação não é consenso

Caminhoneiros de todo o país prometem iniciar hoje uma greve por tempo indeterminado. A adesão à paralisação, porém, não é consenso, e a extensão do movimento ainda é incerta.

As principais entidades à frente da convocação são a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística), a ANTB (Associação Nacional de Transporte no Brasil), e o CNTRC (Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas).

Outras entidades são contra a manifestação, inclusive algumas que participaram da greve de 2018, como a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) e a Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos).

O CNTRC afirma que a orientação é que os caminhoneiros e apoiadores fiquem parados em casa, por causa da pandemia do novo coronavírus. A instrução está no ofício que a entidade enviou ao governo e autoridades na sexta-feira (29) notificando sobre a greve.

Orienta, também, motoristas “que estejam em trânsito” e “lideranças e colaboradores que estejam em apoio na pista, nos pátios, nos pontos de parada e nos piquetes de informação” a seguirem as normas de saúde, como distanciamento social e uso de máscara e álcool gel. O Conselho diz ser formado por 26 entidades da categoria, entre sindicatos, associações e cooperativas representativas dos transportadores rodoviários de cargas, congregando 40 mil caminhoneiros. A CNTTL afirma que há 800 mil caminhoneiros em sua base e que a greve tem apoio de outras 13 entidades representativas da categoria.