Já se vão 4 décadas da morte de Pelezinho, ídolo e folclórico jogador de MT

Em fevereiro próximo, completa 40 anos da morte de Pelezinho, que na sua curta carreira como jogador de bola acabou se transformando num dos maiores mitos do futebol mato-grossense, começou sua carreira no Operário, depois foi para o União de Rondonópolis, onde se destacou ao lado de Ruiter, Gilson Lira, Maurinho e Mario Sérgio e cia, em seguida voltou para a Capital Cuiabá para defender o Mixto e daí teve uma ascensão meteórica indo para o Internacional de Porto Alegre, onde encerrou a carreira com sua morte no Carnaval em Cuiabá.

Pelezinho morreu numa madrugada de carnaval de 1981, quando retornava de uma noitada de carnaval no Sayonara. Ele bateu seu carro, um Passat do ano, nas imediações da Trescinco, na avenida Fernando Correa. No acidente morreram cinco pessoas: Pelezinho e quatro caronas.

Atribui-se a Pelezinho, que além de Mixto e Operário, andou também pelo Internacional, de Porto Alegre, e o Goiás, de Goiânia, e chegou a estar com um pé no Cruzeiro, de Belo Horizonte, a autoria de algumas pérolas que passaram a fazer parte do folclore e da história do futebol de Mato Grosso.



Alegre e brincalhão, Pelezinho, que não era lá muito familiarizado com a língua clássica, não dava bola para a gozação dos companheiros quando cometia certas asneiras ou protagonizava cenas hilariantes.

Ao contrário do Pelezinho preto, lateral esquerdo que foi outro ícone do Mixto nos tempos do amadorismo, Pelezinho falava até demais. Havia uma grande diferença entre os dois: Pelezinho preto nunca abria a boca, porque era gago até a medula óssea.

Algumas façanhas atribuídas a Pelezinho:

O Mixto fazia um coletivo no Dutrinha para um importante compromisso. Pelezinho pega uma bola, dribla seu marcador vai até a linha de fundo quando ouve Bife gritar: “Pinga na área, Pelezinho!…”

O ponteiro direito largou a bola e correu até onde estava Bife perguntando: “Cadê? Cadê?…”

INTER X SANTOS

Internacional e Santos jogavam no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, quando o treinador do alvinegro decidiu fazer uma substituição. Imediatamente, o técnico do Inter chamou Pelezinho para entrar em campo. Os dois chegaram juntos à mesa do representante da CBF para assinar a súmula. O jogador santista apresentou sua ficha e disse o nome: Fulano dos Santos.

– Pelezinho, do Internacional – disse ao representante ao pegar a caneta para assinar a súmula

MIXTO NO PARÁ

Mixto foi a Belém para jogar com o Tuna Luso ou Paissandu. Quando a delegação alvinegra deixava a sala de desembarque do aeroporto, um locutor perguntou a Pelezinho como ele se sentia por jogar na capital paraense. Resposta ao pé da letra: “Estou muito feliz por jogar na cidade onde nasceu Jesus Cristo!…”

Fim de jogo, Pelezinho concede uma entrevista aos repórteres de campo, analisando uma jogada genial sua que havia resultado em mais gol de sua equipe: “Pois é, quando meu marcador veio me tomar a bola e fiz que fui para a direita, saí pela esquerda e acabei fondo…”

GAFE DE SEMPRE DE JOGADORES

Pelezinho concede uma coletiva na sede do Cruzeiro, falando inclusive do seu irmão Aldízio Cruz que tinha sido eleito presidente da Câmara Municipal de Cuiabá.

Um repórter pergunta: “E para chegar a presidente ele teve muitos sufrágios?”

Adavilson Cruz – este o seu nome de batismo – responde:

– Olhe, na minha família já teve gente com sarampo, varicela, catapora. Mas essa aí ninguém nunca teve…”

Vejam abaixo o áudio informando a morte prematura deste ídolo

Com o site terceiro tempo do Uol