Justiça mantém prisões de 72 PMs acusados de 24 assassinatos

A 11ª e 12ª Varas criminais de Cuiabá terminaram a pouco 72 audiências de apresentação (quando não há flagrante) ligadas à Operação Simulacrum. Todos os policiais militares acusados passaram pelo exame de corpo de delito e tiveram mantidas as prisões temporárias (até 30 dias). Eles ficarão em celas localizadas em batalhões da Polícia Militar. 

Quatro acusados estão em outros municípios, mas a Corregedoria-Geral da PM será notificada sobre necessidade da apresentação dos mesmos no prazo de 24h.  Todos serão mantidos em suas lotações de origem. 

A operação foi deflagrada com base em seis inquéritos. A investigação aponta a existência de um grupo responsável pelo assassinato de 24 pessoas em Cuiabá e Várzea Grande.

De acordo com as investigações, os militares envolvidos contavam com a atuação de um colaborador que cooptava interessados na prática de pseudos crimes patrimoniais, sendo que, na verdade, o objetivo era ter um pretexto para matá-los. Após atraí-los a locais ermos, onde já se encontravam os policiais militares, eram sumariamente executados, sob o falso fundamento de um confronto.

Os responsáveis pela apuração dos fatos reforçam que há farto conteúdo probatório que contrapõe a tese de confronto apresentada pelos investigados. As investigações indicam que a intenção do grupo criminoso era a de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões. Na época em que ocorreram os fatos, os policiais investigados encontravam-se lotados nos batalhões Rotam, Bope e Força Tática do Comando Regional 1. O detalhamento dos fatos será apresentado ao final das diligências e conclusão da investigação.

Com Folha Max