Após duas décadas e com jogo sufocante, Palmeiras está na final da Libertadores

A noite de 12 de janeiro de 2021 está marcada na história do Palmeiras. Nenhum palmeirense vai esquecer o que viveu durante os 90 minutos em que a tragédia anunciada parecia questão de tempo. Mais do que a felicidade, o sentimento deve ser de alívio pelo retorno à final da Libertadores, após duas décadas.

Agora são duas semanas para recompor torcedor, time e comissão técnica. O Palmeiras de Abel Ferreira não é esse dominado completamente pelo River Plate, em momentos que pareciam dois times de rotações diferentes. O susto no fim das contas fica em segundo plano. Há uma sensação de que nada pode ser pior.

Na Libertadores, a cultura do resultado no fim pode pesar mais do que a cultura de um trabalho vencedor, poderoso e impressionante, como o de Gallardo. Na matemática, o Palmeiras fez três gols no River Plate, que respondeu com dois na terça-feira. Isso foi o suficiente para o torcedor alviverde, 20 anos e alguns meses depois, novamente comemorar uma vaga na final da América.

O Palmeiras sequer terá muito tempo para baixar a guarda e refletir. Embora a decisão da Copa Libertadores esteja agendada para o dia 30, a equipe alviverde possui três compromissos importantes pelo Campeonato Brasileiro, que podem minar (ou retomar) a confiança do time no momento mais decisivo da temporada.

Na sexta-feira, novamente no Allianz Parque, a equipe encara o Grêmio, em uma prévia da decisão da Copa do Brasil. Na segunda-feira, a arena recebe o Dérbi contra o Corinthians. Dia 21, o rival é o Flamengo, adversário direto na disputa por um lugar no G-4.