Policiais penais em greve tentam usar deputados para negociar com Governo do estado

A paralisação dos policiais penais de Mato Grosso recebeu dois importantes apoios recentemente, da presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, deputada Bia Kicis (PSL-DF) e do presidente da Frente Parlamentar Mista de Reestruturação do Sistema Penitenciário, deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM). Em vídeo os parlamentares pedem ao  governador Mauro Mendes (DEM) que receba a categoria pra negociação. 

A reunião em Brasília teve a participação do secretário-geral do (Sindspen-MT), Lucivaldo Vieira,  e do presidente da Federação Sindical Nacional de Servidores Penitenciários (Fenaspen), Fernando Anunciação. 

Na gravação, o deputado Capitão Alberto defende que policiais penais sejam mais valorizados já que são qualificados, e de nível superior, mas recebem salário não condizente com a carreira e serviço que prestam. “Solicitamos ao governador que reveja essas negociações. Não há segurança pública de qualidade sem policia penal pra colocar ordem no sistema penitenciário”, defendeu. 

A presidente do CCJ, deputada Bia Kicis, pediu também ao governador valorização dos profissionais e disse levar um susto ao ver o “contra-cheque dos servidores”. “Neste momento de negociação deixo aqui meu apoio aos policiais penais de Mato Grosso e a todos do país”, endossou. 

O presidente da Fenaspen, Fernando Anunciação, disse que as visitas aos deputados que compõe a Frente Parlamentar foram bastante produtivas. “Tivemos aqui vários apoios à luta dos policiais penais de todo o Brasil e em especial de Mato Grosso. Vamos avançar mais ainda”, afirmou.

E por fim o secretário geral do Sindspen-MT, Lucivaldo também avaliou positivamente os apoios de lideranças nacionais a paralisação. “Os parlamentares foram muitos solícitos as nossas demandas. Agradecemos aos deputados, que mesmo em recesso parlamentar foram receptivos a causa e entendem a necessidade das manifestações promovidas pela categoria em Mato Grosso”, finalizou.

PARALISAÇÃO

Os policiais penais de Mato Grosso, paralisados há 17 dias,  são atualmente  2,8 mil servidores lotados em 46 unidades prisionais e buscam a recomposição salarial dos últimos 10 anos e plano gradativo de equiparação salarial.

Os policias penais atualmente, representam a menor categoria em número de servidores das três forças de segurança pública,  são eles:  policiais civis, militares e penais. Estes profissionais que passam a maior parte do tempo da pena com reeducandos, tendo contato diário dentro dos presídios, cadeias e unidades prisionais.

Com Folha Max