Reviravolta no caso do cadeirante, perícia encontra projetil no seu corpo

Após exames, a perícia encontrou um projétil de arma de fogo alojado no tórax de Antônio Simão Martins, de 50 anos, que morreu após efetuar disparos de arma de fogo contra policiais militares nesta terça-feira (23), em Barão de Melgaço (113 km de Cuiabá). Segundo o delegado Adalberto de Oliveira, que acompanha as investigações, inicialmente a morte havia sido tratada pela equipe médica como natural, após um ataque cardíaco fulminante.

Na ocasião, não identificaram no corpo nenhum ferimento de disparo de arma de fogo. Mas, após o cadáver ser encaminhado ao Instinto Médico Legal (IML), e submetido a exame de necropsia, foi constatado que havia um projétil alojado no corpo do cadeirante, bem como uma perfuração por arma de fogo.

Um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstancias da morte de Antônio. Serão colhidos depoimentos de familiares e testemunhas.

Além disso, as imagens feitas por populares e câmeras de segurança instaladas no local do crime devem contribuir nas investigações. Também serão realizadas perícias nas armas dos policiais envolvidos, para verificar se o disparo foi efetuado pelos militares.  

De acordo com a família da vítima, existe a suspeita de que esse projétil seja de outra situação em que ele teria se envolvido, após um conflito em uma área de garimpo, e não teria sido retirado de seu corpo, inclusive, o deixando cadeirante. O caso continua sendo investigado.

O cadeirante era agiota na região. Após morrer em virtude de um suposto infarto, a PM achou cerca de R$ 41 em dinheiro vivo em uma bolsa de Antônio Simão.

Com Folha Max