Bombeiros tentam controlar incêndio que já destruiu 2,8 mil hectares em Poconé

Um incêndio de grandes proporções é registrado na região de Poconé, a 104 km de Cuiabá, há pelo menos três dias.

Conforme João Paulo Nunes de Queiroz, comandante do Corpo de Bombeiros, um avião deve ir até o local para ajudar no combate ao fogo, que já destruiu cerca de 2,8 mil hectares. O local não faz parte do Pantanal de Mato Grosso.

“Ainda não sabemos a causa do incêndio. O fogo atingiu principalmente área de pastagem. Acredito que a conscientização é o item principal para que ocorra a diminuição dos incêndios florestais no estado”, afirmou.

Fazendeiros da região afirmam que uma árvore caiu em cima da fiação de energia elétrica, o que teria causado o incêndio.

onforme a Energisa, a empresa pode cortar árvores distantes até 7 metros de onde passa a fiação. Além dessa distância, as árvores podem apenas ser podadas.

Ocorre que não há informações concretas sobre a queda da árvore, que pode ter sido queimada, o que poderia ocasionar a queda, bem como pode ter sido cortada.

A energia foi restabelecida no local ainda no domingo (08/08).

De acordo com informações do Climatempo, a última chuva na região foi registrada em 11 de junho, com apenas 4mm.

A última chuva forte, com 10mm/dia, foi registrada em 20 de março. Ou seja, o município está há 145 dias sem precipitação significativa.

Com a vegetação seca e a alta temperatura, as chamas se alastraram rapidamente para as demais áreas ficando fora de controle.

Um ano após maior incêndio da história

Em 2020, o Pantanal foi atingido pela maior tragédia de sua história. Incêndios destruíram cerca de 4 milhões de hectares. 26% do bioma – uma área maior que a Bélgica – foi consumida pelo fogo. Cerca de 4,6 bilhões de animais foram afetados e ao menos 10 milhões morreram.

Em Mato Grosso, quase 2,2 milhões de hectares foram destruídos e, em Mato Grosso do Sul, 1,7 milhão de hectares, virou cinzas.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a precipitação dos últimos meses na bacia do alto Paraguai ficou abaixo do esperado. O Pantanal não tem uma “cheia” há três anos.

Com G1 de Mato Grosso