Chuva reduz incêndio e ongs cobram monitoramento adequado do Estado

Incêndio no Pantanal está na fase de rescaldo e apenas um foco de calor remanescente. O Corpo de Bombeiros informou  que a chuva do fim de semana ajudou a controlar a queimada, que já perdurava por semanas. Voluntários do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad Brasil) cobram ações efetivas do governo do Estado para inibir novos focos de calor. Segundo a instituição, esse momento de rescaldo é “crucial” para impedir mais queimada.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a chuva nesse final de semana na região do Rio Paraguai, próximo ao Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, em Poconé (104 km ao sul de Cuiabá), ajudou a apagar grande parte do fogo, detectando apenas um foco de calor, nesta terça-feira (21/11).

“Pessoal, finalmente choveu aqui no Pantanal. Isso é um alívio muito grande, mas nem de longe é um sinal de que as operações devem ser encerradas. Não há uma previsão de chuva persistente, são chuvas pontuais. Nesse momento, é extremamente importante redobrar a vigilância e, para nós da fauna, é extremamente importante continuar fazendo o monitoramento para avistar aqueles animais que foram queimados e podem estar precisando de apoio”, disse um dos voluntários da Grad Brasil.

Diversos bichos machucados estão sendo resgatados pelo grupo. Nesta terça-feira, uma ave chamada cabeça seca foi achada com ferimentos na asa por conta do fogo. É realizado os primeiros socorros ainda no local e, em seguida, encaminhado para atendimento veterinário.

Segundo a instituição, o fogo no Pantanal nos últimos dias está ocorrendo por erro do Estado por não manter o monitoramento adequado. Por isso, eles cobram ações efetivas de para evitar novos incêndios.

Segundo o SOS Pantanal, o fogo praticamente apagou na parte superior do solo pantaneiro. Porém, se a chuva não for suficiente para encharcar o solo, que é onde o fogo se concentra, chamando “fogo de turfa”, assim que as temperaturas voltarem a esquentar as fagulhas podem reacender e os incêndios começarem novamente.

No total, 120 militares do Corpo de Bombeiros, Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) e agentes da Defesa Civil do Estado estão nas 8 frentes de combate aos incêndios. Deste total, 90 homens estão no Parque Estadual Encontro das Águas e Transpantaneira.